Desde criança ouvia os adultos falarem que os políticos são mentirosos. Fui crescendo e assimilando essa idéia, porém, as tentativas que fiz de provar isso foram todas frustradas. Não pensava eu, que num momento banal, viria a provar o que sempre ouvi dizer: os políticos mentem. 2008 é ano de eleições municipais e essa crônica pode ajudar os caros leitores a observarem bem seus candidatos e acertar na escolha de seus representantes.
Não estou generalizando os fatos: todos sabemos que existem políticos conscientes e responsáveis, que trabalham em prol da população. Aqui descrevo o fato e minha opinião quanto ao acontecido.
Em uma noite de terça-feira, em uma cidade da região, a qual prefiro não divulgar o nome, fui a cessão extraordinária da Câmara dos Vereadores. Senti-me como um gato no meio de lobos: acuado, quieto, sem expressão. Também pudera, não conhecia ninguém ali, nem mesmo os vereadores, e todos me olhavam pensando: “Quem é esse? O que ele quer aqui?”. Mas tudo bem. Teve início a cessão. Os vereadores votaram os projetos, discutiram e pra variar, fizeram insinuações e acusações uns aos outros. Até aqui, tudo normal.
Quando tiveram início os discursos de tribuna, as palavras de um vereador chamaram-me a atenção. Muitas pessoas estavam na sala da Câmara dos Vereadores naquele dia, inclusive várias famílias. O vereador pronunciou os cumprimentos a todos e começou a explanar seus ideais. Era fácil perceber que aquele era um discurso que revelava pistas da candidatura dele para a próxima eleição. O futuro candidato destacou a importância do respeito à família e do trabalho em equipe. Palavras que, verdadeiramente, deveriam ser aplaudidas em pé.
Ao meu lado estava sentada uma mulher, muito bonita, diga-se de passagem, com uma menina de uns 5 anos no colo. Pude perceber a emoção dela frente ao discurso do vereador e ao término da cessão perguntei qual era o motivo de tamanho sentimento. Ela respondeu que aquele vereador era marido dela e que ele nunca havia falado algo tão belo. Não passava pela mente dela que aquelas palavras foram pronunciadas somente da boca pra fora.
Na noite posterior da cessão, fui à cidade vizinha, em um show de diversas bandas. Como cheguei cedo ao local, convidei um amigo a acompanhar-me numa bebida em um bar. Sentamos nas cadeiras externas do estabelecimento. Bem em frente havia outro bar, que, para alguém mais crítico, levantava fortes suspeitas de não ser um ambiente de respeito. Haviam ali dois homens sentados, além das duas “garçonetes”. Olhando mais a fundo pude perceber que um dos homens era o vereador do “discurso emocionante” da noite anterior. Ele parecia bastante alegre e cantava músicas dignas de um ambiente como aquele. As “garçonetes” faziam questão de mostrar seus corpos aos dois “clientes”, além é claro, de mantê-los sempre com o copo cheio.
Naquela noite não vi mais nada, a não ser o vereador passando por mim de carro por volta das 3 horas da manhã. Pode ser que eu esteja tirando conclusões precipitadas, mas aquele discurso só mostrou a falsidade e a falta de vergonha na cara daquele político. Ou pode ser que as palavras dele tenham sido fundamentadas naquele velho ditado: “Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”. Agora indago-lhes caros leitores: alguém assim pode nos representar dignamente dentro do município? A resposta é obvia: NÃO.
Assim, espero que todos tenhamos consciência na hora de eleger nossos representantes, não seguindo legenda de partido, mas sim, analisando o caráter, o trabalho já realizado e as propostas dos candidatos. Pode parecer cedo para já ir pensando em eleições, mas vale aquele outro ditado “não deixe para amanhã o que se pode fazer hoje”. Quanto antes começarmos a analisar nossos futuros candidatos, mais conscientes estaremos de nossas decisões. Pensemos nisso e cumpramos com nosso dever de tentar melhorar a situação de nossos municípios.
Não estou generalizando os fatos: todos sabemos que existem políticos conscientes e responsáveis, que trabalham em prol da população. Aqui descrevo o fato e minha opinião quanto ao acontecido.
Em uma noite de terça-feira, em uma cidade da região, a qual prefiro não divulgar o nome, fui a cessão extraordinária da Câmara dos Vereadores. Senti-me como um gato no meio de lobos: acuado, quieto, sem expressão. Também pudera, não conhecia ninguém ali, nem mesmo os vereadores, e todos me olhavam pensando: “Quem é esse? O que ele quer aqui?”. Mas tudo bem. Teve início a cessão. Os vereadores votaram os projetos, discutiram e pra variar, fizeram insinuações e acusações uns aos outros. Até aqui, tudo normal.
Quando tiveram início os discursos de tribuna, as palavras de um vereador chamaram-me a atenção. Muitas pessoas estavam na sala da Câmara dos Vereadores naquele dia, inclusive várias famílias. O vereador pronunciou os cumprimentos a todos e começou a explanar seus ideais. Era fácil perceber que aquele era um discurso que revelava pistas da candidatura dele para a próxima eleição. O futuro candidato destacou a importância do respeito à família e do trabalho em equipe. Palavras que, verdadeiramente, deveriam ser aplaudidas em pé.
Ao meu lado estava sentada uma mulher, muito bonita, diga-se de passagem, com uma menina de uns 5 anos no colo. Pude perceber a emoção dela frente ao discurso do vereador e ao término da cessão perguntei qual era o motivo de tamanho sentimento. Ela respondeu que aquele vereador era marido dela e que ele nunca havia falado algo tão belo. Não passava pela mente dela que aquelas palavras foram pronunciadas somente da boca pra fora.
Na noite posterior da cessão, fui à cidade vizinha, em um show de diversas bandas. Como cheguei cedo ao local, convidei um amigo a acompanhar-me numa bebida em um bar. Sentamos nas cadeiras externas do estabelecimento. Bem em frente havia outro bar, que, para alguém mais crítico, levantava fortes suspeitas de não ser um ambiente de respeito. Haviam ali dois homens sentados, além das duas “garçonetes”. Olhando mais a fundo pude perceber que um dos homens era o vereador do “discurso emocionante” da noite anterior. Ele parecia bastante alegre e cantava músicas dignas de um ambiente como aquele. As “garçonetes” faziam questão de mostrar seus corpos aos dois “clientes”, além é claro, de mantê-los sempre com o copo cheio.
Naquela noite não vi mais nada, a não ser o vereador passando por mim de carro por volta das 3 horas da manhã. Pode ser que eu esteja tirando conclusões precipitadas, mas aquele discurso só mostrou a falsidade e a falta de vergonha na cara daquele político. Ou pode ser que as palavras dele tenham sido fundamentadas naquele velho ditado: “Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”. Agora indago-lhes caros leitores: alguém assim pode nos representar dignamente dentro do município? A resposta é obvia: NÃO.
Assim, espero que todos tenhamos consciência na hora de eleger nossos representantes, não seguindo legenda de partido, mas sim, analisando o caráter, o trabalho já realizado e as propostas dos candidatos. Pode parecer cedo para já ir pensando em eleições, mas vale aquele outro ditado “não deixe para amanhã o que se pode fazer hoje”. Quanto antes começarmos a analisar nossos futuros candidatos, mais conscientes estaremos de nossas decisões. Pensemos nisso e cumpramos com nosso dever de tentar melhorar a situação de nossos municípios.
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